Ah,esse amor.
Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento,
mas uma equação matemática:
"eu lindo + você inteligente = dois apaixonados."
Não funciona assim.
Ninguém ama outra pessoa pelas
qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos,
simpáticos e não-fumantes teriam uma
fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado a fazer contas,
não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia,
por magnetismo, por conjunção estelar.
Costuma ser despertado mais pelas flechas
do cupido que por uma ficha limpa.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada,
veste-se bem e é fã do Caetano.
Isso são só referências.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério,
pela paz que o outro lhe dá,
ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz,
pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando
menos se espera.
Amar não requer conhecimento prévio
nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo que o
amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares,
generosos tem às pencas,
bons motoristas e bons pais de família,
tá assim, ó.
Mas ninguém consegue ser do
jeito que o amor da sua vida é.
(AUTORIA DESCONHECIDA)
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