12.7.06

AH, ESSE AMOR

Ah,esse amor.
Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento,
mas uma equação matemática:

"eu lindo + você inteligente = dois apaixonados."

Não funciona assim.

Ninguém ama outra pessoa pelas
qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos,
simpáticos e não-fumantes teriam uma
fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas,
não obedece à razão.

O verdadeiro amor acontece por empatia,
por magnetismo, por conjunção estelar.
Costuma ser despertado mais pelas flechas
do cupido que por uma ficha limpa.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada,
veste-se bem e é fã do Caetano.
Isso são só referências.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério,
pela paz que o outro lhe dá,
ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz,
pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando
menos se espera.

Amar não requer conhecimento prévio
nem consulta ao SPC.

Ama-se justamente pelo que o
amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares,
generosos tem às pencas,
bons motoristas e bons pais de família,
tá assim, ó.

Mas ninguém consegue ser do
jeito que o amor da sua vida é.
(AUTORIA DESCONHECIDA)

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