4.4.06

SENSAÇÕES, EMOÇÕES E SENTIMENTOS (PARTE1)

SENSAÇÕES(O BICO DO SEIO MATERNO)
Vivemos imbuídos em sensações. Essas sensações direcionam a todo instante a nossa vida. Todas as nossas atitudes são geradas das sensações. Ao nascermos não possuímos o poder da consciência, porém são as sensações que nos dão suporte à sobrevivência. À princípio são as sensações que geram atitudes de sobrevivência ao bebê. Um exemplo disso é a amamentação. O bebê recém nato ao sentir(sensação) o roçar do bico do seio da mãe perto da região da boca, ele imediatamente direciona a boca ao bico do seio da mãe e o abocanha(gerado o reflexo de busca ou procura), esse ato gera a sensação do bico na boca, que leva o bebê a atitude de sugar(gerado o reflexo de sucção ou mamada), e o resultado é a obtenção do leite materno, que gera a saciedade da fome e por consequência é gerada uma sensação de conforto. Uma vêz experimentada essa sensação o bebê irá repetí-la várias vezes, tentando obter o mesmo resultado: a sensação de conforto. Só que o bebê recém nato por estar desprovido do poder da consciência, muitas vezes tenta reproduzir essa mesma sensação com qualquer objeto que toque a região perioral, porém nem sempre será o bico do seio da mãe, pode ser uma chupeta, que à príncipio parecerá que a sua fome será saciada, porém em pouco tempo ele irá sentir que a fome não passa, e ele estando com fome e o objeto não for o bico do seio da mãe não obtendo o leite, a sensação de fome não será saciada e por consequência o bebê experimentará a sensação de frustração, que gerará uma sensação de angústia, que o empelirá ao ato do chôro,e assim vai,esse movimento é infinito, sensações gerando sensações.
Em toda nossa vida temos sensações que nos impulsionam a diversas atitudes o tempo todo. Sensações negativas, nos impulsionam a buscar sensações positivas, e sensações positivas nos impulsionam repetí-las.
Porém nesse simples relato também extraímos um outro aprendizado. Quando buscamos sensações positivas com os objetos adequados, obteremos como resultante a sensação de conforto e de prazer genuíno. Porém quando buscamos sensações positivas com objetos não adequados ao fim desejado, obteremos a sensação negativa de frustração e de tristeza.
Tiro dessa observação a seguinte conclusão: Para sabermos se as atitudes escolhidas por nós são positivas ou não, basta prestrarmos atenção às sensações geradas no curto e no longo prazo. Se são sensações de conforto, prazer, alegria ou vitória, podemos saber que estamos saciando com o recurso adequado. Porém se a sensação gerada é frustração, tristeza, dôr ou derrota, significa que devemos rever as escolhas, rever atitudes, buscar infinitamente o recurso adequado(o bico do seio materno)

Um comentário:

Anônimo disse...

Márcia,
Muito bom!Gostei!
Gostaria de acrescentar algo.
Veja só o que o Botura escreveu sobre o assunto.
"As sensações são, geralmente, mal definidas e mal representadas. Na criança, onde a parte animal é predominante, essas sensações são muito mais fortes e, pior ainda, interpretadas pela falta de dados racionais para confrontá-los. Nos adultos, o espelhamento errôneo já as codificou de forma diferente do seu significado real, e a leitura das informações corporais fica confusa.
É como se mudássemos os canais de uma TV. Você aperta o botão para ligar o canal 3, mas liga o 8, e assim por diante. A televisão continua funcionando, só que de forma mais complicada. Nós, adultos, continuamos funcionando, porém de forma confusa, sem entendermos o significado das sensações. Por isso que, frequentemente, não podemos admitir que estamos com medo, inveja ou ciúme. Como uma pessoa vai admitir que está frustrada e com raiva?"
Gostei da sua iniciativa. Eu como mãe gosto de saber mais, para contribuir na saúde emocional de meus filhos e que bom saber que tenho meu filho sob os seus cuidados de intervenção precoce. Vou continuar acompanhando.
Um forte abraço.